terça-feira, 15 de março de 2011

Águas de março - ou agosto

Se eu te falasse que gosto de você de verdade, acreditava em mim?
Por que, você gosta?
(Silêncio)
Não sei o que você pretende...
Nem eu.
Às vezes não pretender pode ser uma forma de pretensão.
(Pausa)
Mas acredita em mim?
Porque você é confiável?
Por que sou confiável...
E se o gostar virar amor, promete que some?
Não sei.
Pois é muito cedo?
Talvez amanhã já seja muito tarde.
(Inspira fundo, esvazia os pulmões de ar)
Que dia é hoje?
Do mingo, março ou agosto – meses cinzas e ásperos como chão de cimento.
Não importa, de uma forma ou de outra, dia duro.
 E chove...
Me queira bem pra sempre?
Te quero muito bem agora.

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